No quarto,
a voz rouca
contida
e sensual
de Janis Joplin.
Voz áspera
de vidro e metal
escorre pelas paredes
deixando atrás de si
mel e fel.
E na noite fria
eu procuro
a saída.
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Labirintos
Perdida e exausta
nos labirintos
da vida
enfrentei
minotauros
invisiveis.
A saída,
onde fica
a saída?
nos labirintos
da vida
enfrentei
minotauros
invisiveis.
A saída,
onde fica
a saída?
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Silencio
Um silencio profundo
tomou conta de mim.
E o silêncio
se fez dor,
e a dor
se fez espera,
e a espera
se fez desalento.
tomou conta de mim.
E o silêncio
se fez dor,
e a dor
se fez espera,
e a espera
se fez desalento.
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Fim do caminho
Quando eu morrer
meus sonhos
irão comigo.
Ficarão:
meus livros,
versos,
lembranças,
projetos inacabados,
as viagens
que não fiz,
os quadros
que não pintei,
as palavras
que não foram ditas´
e ficaram entaladas
na garganta.
Mas, meus sonhos?
Estes irão comigo!
meus sonhos
irão comigo.
Ficarão:
meus livros,
versos,
lembranças,
projetos inacabados,
as viagens
que não fiz,
os quadros
que não pintei,
as palavras
que não foram ditas´
e ficaram entaladas
na garganta.
Mas, meus sonhos?
Estes irão comigo!
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Poder
Posso:
Aprisionar
um raio de sol,
tocar as estrelas,
beber as gotas
de orvalho
das folhas
ao amanhecer,
mudar o curso
dos rios,
viver o ontem,
o hoje e o amanhã
num só momento.
Sou Deus?
Não.
Sou poeta.
Aprisionar
um raio de sol,
tocar as estrelas,
beber as gotas
de orvalho
das folhas
ao amanhecer,
mudar o curso
dos rios,
viver o ontem,
o hoje e o amanhã
num só momento.
Sou Deus?
Não.
Sou poeta.
sábado, 4 de dezembro de 2010
Lembranças
As lembranças
vem à tona
vejo e sinto
cheiro de pão torrado
luar coado
através do arvoredo
do jardim
desenhando arabescos
no chão.
As cigarras cantando
ao anoitecer.
A explosão
do pôr do sol
tingindo o horizonte
de vermelho
o cri-cri dos grilos
o coaxar dos sapos
no quintal.
A neblina
cobrindo o capinzal
e deixando gotas
de orvalho
como se fossem
diamantes.
O tiziu pulando
e cantando
na estaca do
curral.
Nuvens de pássaros
cortando o azul do céu.
As vacas ruminando
no pasto.
Cheiro de terra
molhada
ao alvorecer.
Fruta madura
colhida na árvore
pitanga azeda-amarga
leite espumando
no copo
bebido ao pé da vaca
galinhas ciscando
no terreiro.
Fogueira da São João
crepitando na noite
fria.
Fogão de lenha
bolo assando no forno
café quentinho
com leite e aipim
lençóis lavados
cheirando a patchuly
as empregadas antigas
leais e dedicadas.
Tudo se perde
nas brumas do tempo.
vem à tona
vejo e sinto
cheiro de pão torrado
luar coado
através do arvoredo
do jardim
desenhando arabescos
no chão.
As cigarras cantando
ao anoitecer.
A explosão
do pôr do sol
tingindo o horizonte
de vermelho
o cri-cri dos grilos
o coaxar dos sapos
no quintal.
A neblina
cobrindo o capinzal
e deixando gotas
de orvalho
como se fossem
diamantes.
O tiziu pulando
e cantando
na estaca do
curral.
Nuvens de pássaros
cortando o azul do céu.
As vacas ruminando
no pasto.
Cheiro de terra
molhada
ao alvorecer.
Fruta madura
colhida na árvore
pitanga azeda-amarga
leite espumando
no copo
bebido ao pé da vaca
galinhas ciscando
no terreiro.
Fogueira da São João
crepitando na noite
fria.
Fogão de lenha
bolo assando no forno
café quentinho
com leite e aipim
lençóis lavados
cheirando a patchuly
as empregadas antigas
leais e dedicadas.
Tudo se perde
nas brumas do tempo.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Assinar:
Postagens (Atom)